Este relatório apresenta os resultados de uma pesquisa aplicada a docentes da Educação Básica da Rede SESI Goiás (excluindo EJA), com o objetivo de mapear o uso de tecnologias digitais nas práticas pedagógicas e avaliar o grau de maturidade tecnológica dos professores com base em cinco níveis: Não Utiliza, Substituição, Ampliação, Modificação e Redefinição.
RESULTADOS GERAIS
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78,78% dos professores encontram-se no nível de AMPLIAÇÃO, utilizando tecnologias digitais para enriquecer as práticas pedagógicas com interações mais dinâmicas, personalizadas e colaborativas .
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Apenas 4,07% alcançaram o nível de MODIFICAÇÃO e 0,58% o de REDEFINIÇÃO, revelando que ainda há grande potencial de avanço rumo a práticas transformadoras .
PRINCIPAIS DESTAQUES
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Competência Profissional:
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Uso ampliado das tecnologias em comunicação institucional (55,23%) e colaboração (38,66%), mas com pouca exploração de práticas inovadoras .
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Competência Pedagógica – Planejamento:
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Destaque para uso de IA em práticas de redefinição (31,40%) e criação de recursos digitais personalizados (28,78%) .
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Competência Pedagógica – Execução:
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Ênfase em orientação com suporte digital (63,95%) e aprendizagem colaborativa inovadora (31,40%) .
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Competência Pedagógica – Avaliação:
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Uso ampliado de estratégias digitais para avaliação (40,12%), mas ainda com baixo uso de feedback personalizado com tecnologias .
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ANÁLISE POR ETAPA DE ENSINO
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O Ensino Médio se destaca com 83,62% no nível de ampliação e 8,62% em modificação, refletindo o maior grau de maturidade.
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A Educação Infantil registra 83,33% em ampliação, porém sem registros de práticas transformadoras .
MATURIDADE POR ÁREA DE CONHECIMENTO
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Áreas com melhor desempenho: Ciências Humanas e Ciências da Natureza, com predominância do uso ampliado de tecnologias.
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Áreas com maior necessidade de avanço: Unidocência, Educação Especial e Linguagens, ainda com alto índice de práticas tradicionais .
USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS
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Recursos mais utilizados: material didático impresso (93,6%), YouTube (77,04%) e apresentações digitais (64,53%).
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Menor uso de ferramentas de programação, criação de sites e robótica nas práticas diárias .
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS FREQUENTES
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Predominância de práticas interdisciplinares (79,65%), mas ainda forte presença de aulas expositivas (66,86%).
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Pouca frequência de metodologias como sala de aula invertida e aprendizagem baseada em projetos .
PRINCIPAIS OBSTÁCULOS
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Falta de apoio técnico (48,85%) e formação adequada (27,59%) são os principais entraves apontados.
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Outros fatores incluem infraestrutura limitada, ausência de modelos pedagógicos digitais e pressão por resultados em exames .
Este relatório revela uma rede em processo de evolução tecnológica, com alto índice de integração de tecnologias em práticas pedagógicas convencionais, mas com desafio central de transição da ampliação para a transformação. O fortalecimento da formação, incentivo à experimentação e reestruturação de modelos pedagógicos são passos essenciais para que a maturidade tecnológica se traduza em inovação real no cotidiano escolar.